segunda-feira, 8 de abril de 2013

1° Conto de Matilde

  Um dia, estava andando na estrada da Santa Cruz dos Navegantes (conhecida como Pouca Farinha), e de repente, vejo uma pedra se movendo.
  - Meu Deus???? - pensei eu - Será que a ressaca que estou me derrubou? A noite passada com toda a minha bebedeira deve ter estourados os meus miolos.
 E a pedra continuava a andar, terrível e lentamente, uma pedra meio verde, meio terra e com algumas ondulações pelo seu corpo.
 E com toda a minha ressaca, se é que era ressaca mesmo e não o sol queimando as minhas ideias, além de toda a minha vontade de querer uma água com gás e limão bem gelada, tentei correr para alcançá-la, mas a pedra era rápida, com toda a sua lentidão e, minhas pernas não alcançavam a bendita pedra, meio verde, meio terra e com algumas ondulações pelo seu corpo, andava na lesmocidade da luz ( o contrário e bem contrário de velocidade da luz).
 Apesar de uma preguiça latente em meu corpo e cabeça, gritei desesperadamente na tentativa de parar a tal pedra, meio verde, meio terra e com algumas ondulações pelo seu corpo.
 - Pedraaaaaaaaaaaaaa!!!! Me espera, eu tô sozinha nesta estrada berrante e quero chegar ao final dela, (porque quem nunca foi à Santa Cruz ou pouca Farinha, não conhece e nunca viu a estrada de lá.....o estrada grande) - pedra por favor me espera.
 Quando de repente escuto:
 - Oh sua doida..eu não sou uma pedra, sou uma tartaruga, pra ser exata uma jabuti, meio verde, meio terra e com algumas ondulações pelo meu corpo e meu nome é Matilde, você está ae gritando como uma desequilibrada me comparando à uma pedra.
 - Meu - disse meio indagando a jabuti - Matilde vai ser o nome da minha filha um dia, CARAMBA...é muita coincidência - fiquei um tanto surpresa.
 E a tartaruga Matilde, meio verde, meio terra e com algumas ondulações pelo se corpo me fala na lata:
 - Eu sou a sua filha, você está demorando tanto para me dar a vida, que continuo andando nesta estrada berrante de grande.
 - Matilde??? - me espantei - Uai como pode isso??? - para a minha surpresa era realmente ela.
 E com alguns pontos de interrogações em meu semblante e sem entender nada, a tartaruga Matilde, meio verde, meio terra e com algumas ondulações pelo seu corpo, vai embora.....e por incrível que pareça.......correndo.
 Fiquei andando pela estrada com minha ressaca, ou minha mente me pregando peças........ou o sol queimando as minhas ideias...
                             Vai entender?

Louise Gonçalves 05/09/2009 d. C.
Num bar de amigos, chamado Carioçara Bar, com meu amor e amigos entre eles: Paulinha, Naldo, Renata, Bruna Amarante, Rodrigo Nunes e Méquinho, ao som de Semeando Paz.
                                   

sábado, 6 de novembro de 2010

A alegria que nos contagia

O ser humano é forte, é fogo e por mais saudade que sentimos, o que fica na memória é a alegria que nos falta.
A saudade é imensa ainda que passado alguns meses. Mas a tua alegria é maior ainda.
Hoje tento viver como tu sempre nos mostrou.....
Mesmo que triste, te lembro rindo.
E o que vale realmente é isto......a tua alegria que sempre nos contagiou.......e faz uma falta danada, sabendo que a Vida é tão pequena para uma partida que é tão grande. Te amo, amo amo infinitamente.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu, minha vassoura de carvalho e um Ipê no caminho!!!

Minha vassoura está encalhada numa árvore. Bateu e perdeu o controle.
Os duendes moradores da árvore, me chamaram de bebada desequilibrada, sem noção de direção. - Tirei minha carta agora, me desculpem seus duendes, mas não tenho culpa se minha vassoura é geniosa e tem vontade própria. (eu dizia tentando amenizar a situação).
Mas a árvore era muito grande, cheia  de galhos e com suas flores roxas onde o seu perfume exalava no ar, de uma madeira nobre e pela aparência, não devia ser uma árvore nova , o que parecia, minha vassoura não iria sair de lá tão cedo. Acho que se apaixonou pelo Ipê roxo, ou melhor por um de seus galhos.
O duro foi aguentar um monte de nanico gritar para a floresta inteira:
- "Sua bebada, larga a vassoura e vai para o fogão!!!"
Já estava ficando brava, e o pior ainda, foi ter de admitir a piada que esses duendes nanicos faziam ao meu respeito.
Mas o Ipê era tão bonito, tanta sombra ele fazia, que minha vassoura (Mégara...esse é o nome dela), jã não queria mais sair de lá....se apaixonou perdidamente pelo galho do Ipê, ao ponto de querer casar com ele.  
Já não sabia nem como pedir a Mégara para que voltasse ao seu lugar de origem......me levar por onde fosse, mesmo porque além de ser muito geniosa minha vassoura ela era livre também. Resolvi então, casá-la, já que a floresta estava em festa pelo AUÊ dos nanicos. e fiquei de vela .

Louise Gonçalves.
23/05/09 d.C., no Carioçara Bar ao som do meu amigo Rodrigo e do Badá.
Com o Márcio......meu amor, Rê e Naldo (amigos do Rio),Bruh e Paulinha amigas daqui.

sábado, 18 de setembro de 2010

Ainda sinto a tua falta

 O ser humano por vezes é egoísta....não temos a dimensão da dor da perda, muitos falam, como eu já disse muitas vezes......"é eu imagino o que você está sentindo".......e isso nem passa perto realmente.
Pois é, só quando perdemos alguém, que temos a noção da dor e da existência daquela pessoa em nossa vida.
 O quanto ela significa, o quanto de vida das pessoas ela fez parte. Com meu pai não foi diferente, ele por sua vez, fez parte da vida de muita gente......seja essa parte apenas na TV com o seu programa, ou diretamente, com fez na minha vida. Meu pai foi uma sambista excelente, foi ele quem trouxe o Carnaval pra cidade de Guarujá, com toda a sua alegoria, suas marchinhas entre tantas outras coisas.
O que ele acrescentou a mim....?  TUDO.
O que sou hoje é graças à ELE e minha Mãe ANTONIA, se a noção de família que tenho e guardo.....devo aos dois.
Várias frases do Velho BARTOLO, hoje me vêem a mente, aliás todo o seu ser.
Um sambista que o Guarujá inteiro conheceu, e um PAI que tivemos a honra, o amor  e a alegria de tê-lo.
Sei que cada um dos meus irmãos sente a sua falta, principalmente minha Mãe, e cada um com a sua dor no peito, podem até achar mórbido eu ter iniciado uma postagem falando dele. Mas bicho......meu pai era o fodão ( desculpem o palavreado), mas era. E hoje, passado quatro meses de sua partida, a dor amenizou, mas a saudade aumenta. TE AMO BARTOLO........